
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A Prefeitura de Natal anunciou uma mudança significativa no modelo de transporte oficial de seus servidores em atividades administrativas: a adoção de viagens por aplicativos, substituindo gradualmente a estrutura atual de veículos locados e motoristas terceirizados. A medida foi formalizada através do Decreto Nº 13.347, assinado pelo prefeito Paulinho Freire (União Brasil) e publicado no Diário Oficial do Município.
Segundo estimativas do Executivo, a nova política poderá gerar uma economia mensal de aproximadamente R$ 1,5 milhão aos cofres públicos — valor que, de acordo com o secretário municipal de Administração, Brenno Queiroga, seria suficiente para construir uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) a cada mês.
“Nosso levantamento revelou que sairemos de um custo médio de R$ 11,30 por quilômetro rodado para menos de R$ 3. Essa mudança representa mais eficiência, economia e controle nas atividades administrativas”, afirmou Queiroga.
A Secretaria Municipal de Administração (Semad) elaborou um estudo técnico que avaliou a frota existente, os contratos em vigor e os custos operacionais nos três primeiros meses da atual gestão. O diagnóstico apontou que o novo modelo, baseado em transporte sob demanda, é tecnicamente viável e compatível com a realidade financeira da capital potiguar.
O modelo será implementado por meio de credenciamento público de operadoras de transporte por aplicativo que já atuam no mercado com tecnologia consolidada e estrutura para atendimento institucional. A prefeitura assegura que a transição será gradual e não afetará os serviços essenciais, como ambulâncias, viaturas, veículos da Guarda Municipal e outros ligados à fiscalização e segurança.
A iniciativa segue experiências bem-sucedidas já adotadas por outras instituições públicas, como o TáxiGov, do Governo Federal, a Prefeitura de São Paulo e o Banco do Estado do Pará (Banpará). Em todos os casos, foi constatada uma redução de até 70% no custo por quilômetro rodado, além de melhorias no controle, rastreabilidade e transparência das viagens.
O novo decreto também estipula um teto de R$ 3,00 por quilômetro rodado como média mensal e prevê reajuste automático de acordo com o valor da gasolina (referenciado pela ANP), além de vedar a criação de regras específicas por secretarias ou órgãos municipais.
A prefeitura ressalta que a modernização do sistema é mais um passo em direção à digitalização da gestão pública, ao mesmo tempo em que promove responsabilidade fiscal e melhora na qualidade dos serviços administrativos prestados à população.