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Trump tem pior aprovação em 100 dias de mandato em 80 anos, aponta pesquisa

Apenas 39% dos americanos aprovam o segundo mandato do republicano; inflação, tarifas e crise de mão de obra afetam confiança até em redutos conservadores como Iowa

Por Seridoense há 4 semanas

Reprodução/ Instagram Donald Trump

Donald Trump alcançou uma marca negativa histórica: é o presidente dos Estados Unidos com a pior taxa de aprovação nos primeiros 100 dias de mandato em 80 anos, segundo pesquisa do instituto Ipsos em parceria com o Washington Post e a ABC News. Apenas 39% dos entrevistados aprovam sua administração, enquanto 55% a desaprovam.

A economia, um dos temas centrais da campanha de Trump em 2024, tem sido um ponto crítico. O levantamento mostra que 73% dos americanos acreditam que a situação econômica está ruim, 53% afirmam que piorou desde a posse do presidente e 41% dizem que suas finanças pessoais também foram impactadas negativamente.

A inflação crescente é uma das principais preocupações. De acordo com a pesquisa, 62% da população percebe aumento nos preços, e 71% atribuem isso às tarifas de importação impostas por Trump a parceiros comerciais no início do mês. Durante a campanha, o republicano havia prometido conter a alta dos preços — uma promessa que, até agora, não se concretizou.

Outro estudo, conduzido pelo instituto SSRS e divulgado pela CNN, confirma o cenário desfavorável: apenas 41% dos americanos aprovam o segundo mandato de Trump, o menor índice para um presidente recém-eleito desde a gestão de Dwight Eisenhower, nos anos 1950. A desaprovação chega a 59%.

A queda na confiança atinge especialmente grupos como mulheres e hispano-americanos, com quedas de 7 pontos percentuais na aprovação em um único mês, passando para 36% e 28%, respectivamente. Além disso, 45% dos entrevistados acreditam que Trump não apresentou nenhuma solução concreta para os principais problemas dos EUA. Já 51% consideram que ele não está cumprindo suas promessas de campanha e 57% acham que suas ações colocam o país em risco desnecessário.

A insatisfação não se limita às grandes cidades ou a grupos tradicionalmente democratas. Em estados conservadores como Iowa, produtores rurais também têm manifestado insegurança quanto ao futuro. A escassez de mão de obra imigrante — provocada por medidas mais duras contra refugiados e a revogação de vistos — afeta diretamente as operações agrícolas, que dependem fortemente de trabalhadores estrangeiros.

Mesmo em silêncio sobre suas preferências políticas, muitos fazendeiros admitem sentir apreensão diante da instabilidade econômica e das políticas migratórias. “Eles já esperavam tensão comercial com Trump, mas não imaginavam que a nova guerra tarifária teria proporções tão grandes”, relatou um jornalista que esteve na região.

Com a confiança em queda e desafios econômicos crescentes, o segundo mandato de Trump começa com sinais de turbulência.


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