
Foto: Vatican News/Divulgação
O Vaticano desmentiu oficialmente os rumores sobre a suposta doença do cardeal italiano Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do papa Francisco e um dos nomes mais mencionados como favorito ao papado. Em comunicado enviado à imprensa nesta sexta-feira (2), o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou que “não houve qualquer episódio envolvendo doença ou atendimento médico ao cardeal”.
A declaração surge em meio a intensas especulações nos bastidores da Igreja Católica, faltando apenas cinco dias para o início do conclave, marcado para 7 de maio, na Capela Sistina. Até o momento, 131 cardeais com direito a voto devem participar da eleição do novo pontífice, após a confirmação da ausência de quatro eleitores: Antonio Cañizares Llovera (Espanha) e John Njue (Quênia), além de outros dois nomes não divulgados oficialmente. Outros quatro ainda são aguardados em Roma.
Na manhã desta sexta-feira, ocorreu a oitava Congregação Geral, reunião diária entre os cardeais para debater os rumos da Igreja. Mais de 180 cardeais estiveram presentes, incluindo mais de 120 com direito a voto. Os encontros têm abordado temas como a continuidade das reformas promovidas por Francisco, os escândalos financeiros na Cúria Romana e os casos de abusos sexuais.
Segundo o Vaticano, esses casos foram tratados como “feridas abertas” que devem permanecer visíveis na consciência da Igreja, a fim de motivar ações concretas para enfrentamento e superação.
Entre os nomes que mais circulam nos bastidores como possíveis sucessores de Francisco estão o próprio Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle, apelidado de “Francisco asiático”. No entanto, os cardeais mantêm silêncio diante das investidas da imprensa internacional.
O conclave seguirá com até quatro votações por dia, até que um candidato receba ao menos dois terços dos votos — o que representa um mínimo de 89 votos entre os eleitores.