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Rogério Marinho defende privatização da Caern e cobra “coragem” para enfrentar desafios do RN

Senador defende essa e outras medidas como necessárias para que o Estado recupere capacidade de investimento

Por Seridoense há 2 semanas

Foto: Agência Senado

O senador Rogério Marinho, do PL, defendeu nesta sexta-feira (10) a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e afirmou que o Estado precisa de decisões corajosas para enfrentar seus principais desafios. Em entrevista concedida à rádio 98 FM, o parlamentar criticou o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) estudado pelo Governo do Estado e sugeriu que apenas a concessão à iniciativa privada poderá solucionar os problemas estruturais da companhia.

“Temos um processo em que 50% da água não chega no destino final. A taxa de cobertura de saneamento básico e tratamento de água potável está abaixo da média nacional. A governadora está fazendo um estudo de PPP para manter uma estrutura arcaica. Eu sou contra. Acho que tem que ser concessão”, declarou o senador.

Além disso, Marinho afirmou que o Estado precisa rever os repasses obrigatórios aos Poderes Judiciário e Legislativo, bem como aos órgãos como Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas. “Os Poderes têm um pedaço cativo do orçamento. É necessário sentar com os presidentes dos Poderes e pedir que cada um dê sua cota de contribuição”, defendeu.

Para o senador, medidas como essas são fundamentais para que o Rio Grande do Norte recupere sua capacidade de investimento. Ele criticou a falta de planejamento e apontou a ausência de políticas para geração de emprego e renda. “Os municípios não fazem convênios com o Governo do Estado. Não temos plano para gerar perspectiva para os nossos jovens. Vamos apresentar um projeto para o Estado”, anunciou.

Apoio a Bolsonaro em 2026

Ainda durante a entrevista, Rogério Marinho negou que exista uma articulação interna no PL para lançá-lo como candidato à Presidência da República em 2026. Segundo ele, o nome da direita continua sendo o do ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo com sua inelegibilidade atual.

“O nosso candidato é Bolsonaro. Caso alguma coisa o impossibilite, ele mesmo vai indicar quem será. Mas acredito que há boa possibilidade de ele reverter essa situação, por meio de uma anistia, por exemplo”, declarou.

Críticas ao Governo Lula e denúncia sobre o INSS

Rogério também abordou as denúncias envolvendo descontos indevidos em benefícios pagos pelo INSS. O parlamentar acusou o Governo Federal de omissão e de aparelhamento institucional, apontando que o problema se agravou a partir de 2023.

“Houve uma explosão de filiações e cobranças ilegais. O governo ignorou alertas da CGU, do TCU e do Conselho de Previdência. Varreu-se um elefante para debaixo do tapete”, criticou.

Ele lembrou que, quando foi secretário da Previdência no governo Bolsonaro, implantou medidas para combater fraudes, como a Medida Provisória 871, que exigia revalidação anual das contribuições e tirava a exclusividade dos sindicatos rurais na emissão de certidões.

Marinho também questionou a atuação da Polícia Federal, ao afirmar que houve limitação das investigações aos anos anteriores a 2023, mesmo com as denúncias mais graves ocorrendo no atual governo. Ele ainda criticou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, por manter-se no cargo apesar de seu filho advogar para entidades envolvidas nas denúncias.


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