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Famílias de crianças com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) enfrentam dificuldades em Natal/RN devido à falta de fórmulas especiais fornecidas pela rede pública. O desabastecimento atinge produtos fundamentais para a alimentação de bebês diagnosticados com a condição, como o Aptamil Pepti, Neocate LCP e Pregomin.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o processo de aquisição das fórmulas está em fase de conclusão, com o fornecedor tendo um prazo de até 30 dias após a assinatura do contrato para enviar os insumos. Enquanto isso, famílias como a da pequena Maria Helena, de 11 meses, tentam lidar com os altos custos das fórmulas.
“Ela toma pelo menos três vezes ao dia, e uma lata dura em torno de uma semana. O valor da lata é alto — R$ 252 — e a gente precisa realmente que a Secretaria de Saúde do Município de Natal se posicione, nos dê uma resposta”, desabafou Gislayne Gomes, mãe da bebê e assistente administrativo.
De acordo com a SMS, nesta quinta-feira (15), apenas a fórmula Neocate LCP estava disponível em estoque. O órgão afirma que está monitorando a situação e espera restabelecer o fornecimento o mais breve possível.
Apesar disso, relatos de famílias apontam para a falta de informação e acolhimento nas unidades públicas. “A gente chega lá, quase não tem explicação. Da porta mesmo meu marido já soube que não tinha mais lata de leite para ninguém”, contou Gislayne.
A ausência da fórmula tem afetado o bem-estar de Maria Helena. “Ela tem dormido pior, está mais irritada. E eu fico emocionalmente abalada, com sensação de impotência”, relatou a mãe. “Fico pensando nas outras mães que não puderam comprar uma lata para o seu bebê que tem essa alimentação exclusiva.”
A APLV é uma condição que exige cuidados alimentares rigorosos, e a falta das fórmulas adequadas pode comprometer seriamente a saúde dos bebês. Especialistas alertam que o fornecimento contínuo dessas fórmulas é essencial para garantir o desenvolvimento saudável das crianças.