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Condutores de ambulâncias em Natal ameaçam greve nos serviços de emergência em 72 horas

Categoria afirma que desligamentos foram retaliação a ações judiciais e deu prazo de 72 horas para negociação com empresa contratada pela Prefeitura

Por Seridoense há 3 dias

Foto: Reprodução

Os condutores de ambulâncias que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no Transporte Sanitário e no Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta (Prae), em Natal, decidiram entrar em greve caso não haja a reversão das demissões de 36 profissionais anunciadas na última sexta-feira (16).

A paralisação foi aprovada em assembleia geral da categoria, organizada pelo Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Rio Grande do Norte (SINDCONAM-RN). Os trabalhadores deram um prazo de 72 horas para que o Grupo JMT/Clarear, responsável pela contratação via Prefeitura de Natal, negocie a suspensão das demissões.

De acordo com o sindicato, os desligamentos foram motivados por retaliação a ações judiciais movidas por condutores que buscaram garantir direitos trabalhistas. Entre os 36 demitidos, estariam cinco diretores sindicais, o que, segundo a entidade, caracteriza uma conduta antissindical.

“O sindicato tem atuado firmemente na defesa da categoria, fiscalizando irregularidades. A empresa responde com perseguição, tentando sufocar a representação sindical. Mas nós não vamos recuar. Vamos às últimas consequências para defender os trabalhadores e o serviço público”, afirmou o advogado do sindicato, Haroldo Menezes.

Em nota, o SINDCONAM-RN classificou as demissões como “arbitrárias” e ressaltou que vários dos profissionais demitidos atuaram de forma dedicada, inclusive durante a pandemia da COVID-19. A entidade cobra a intervenção imediata do prefeito Paulinho Freire (União) e da governadora Fátima Bezerra (PT) junto à empresa contratada.

“Vocês, que são responsáveis pelo SAMU, pressionem. O serviço pode ficar prejudicado. Estamos lutando por dignidade, respeito e justiça”, reforçou o sindicato.

Caso não haja um acordo até o fim do prazo estipulado, a greve será deflagrada nesta sexta-feira (24), o que poderá impactar diretamente os serviços de urgência e mobilidade para pessoas com deficiência na capital potiguar.


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