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Ibovespa bate novo recorde e fecha acima dos 140 mil pontos; dólar sobe para R$ 5,66

Alta ocorre em meio à cautela do mercado após rebaixamento da nota de crédito dos EUA e expectativas sobre política monetária do Federal Reserve

Por Seridoense há 3 dias

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Ibovespa encerrou em alta de 0,34% nesta terça-feira (20), atingindo 140.110 pontos, o maior patamar da história do principal índice da bolsa brasileira. Na véspera, o índice já havia fechado em 139.636 pontos, com avanço de 0,32%.

O desempenho reflete a movimentação de investidores diante de eventos internacionais, como o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s, que reduziu a classificação da dívida americana de “AAA” para “AA1”, com perspectiva alterada de “negativa” para “estável”.

Segundo a agência, o rebaixamento decorre do aumento da dívida dos Estados Unidos, que elevou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país. A dívida pública americana já ultrapassa os US$ 36 trilhões, e propostas em tramitação, como um novo pacote de cortes de impostos do presidente Donald Trump, podem acrescentar até US$ 5 trilhões à dívida na próxima década.

Com o rebaixamento, o mercado financeiro passou a acompanhar atentamente os pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, em busca de sinais sobre o rumo da política monetária. Nesta terça, Alberto Musalem, presidente da unidade do Fed em St. Louis, afirmou que incertezas ligadas às políticas de Trump podem prejudicar a economia dos EUA e pressionar os preços, tornando necessária uma resposta equilibrada da política monetária.

As projeções atuais indicam que o Fed poderá realizar dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros até o fim do ano, sendo o primeiro previsto para setembro.

🔹 Dólar
O dólar comercial também teve alta nesta terça-feira, subindo 0,26%, a R$ 5,6692. Durante o dia, chegou a atingir a máxima de R$ 5,6831.

Com isso, a moeda acumula:

  • alta de 0,01% na semana;

  • queda de 0,14% no mês;

  • recuo de 8,26% no ano.

🔹 China corta juros
Outro fator observado pelos mercados foi a decisão do Banco do Povo da China de reduzir as taxas de juros de referência para empréstimos, em uma tentativa de impulsionar a economia local. A LPR de um ano foi reduzida para 3%, e a de cinco anos caiu para 3,5%, os menores níveis desde a reformulação do sistema em 2019.

A medida visa minimizar os impactos da guerra comercial com os EUA e estimular o consumo e o crédito no país. Com isso, os índices acionários da China apresentaram alta: o índice de Xangai subiu 0,38% e o CSI300, 0,54%.

🔹 Tarifas e negociações comerciais
As negociações comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros também seguem no radar dos investidores. O governo chinês pediu, nesta semana, que os EUA adotem medidas responsáveis para preservar a estabilidade econômica global. A declaração ocorre após novas ameaças do governo Trump de aplicar tarifas a países que não aceitarem negociar em “boa fé”.

Apesar das tensões, o mercado reagiu positivamente a uma reportagem do Financial Times que apontou o avanço de negociações entre os EUA e a União Europeia. Além disso, Washington já assinou recentemente um acordo com o Reino Unido e indicou interesse em parcerias com Índia, Japão e Coreia do Sul.


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