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A capital do Rio Grande do Norte, Natal, registrou o segundo maior custo da cesta básica entre as capitais nordestinas durante o mês de fevereiro de 2025. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor atingiu R$ 648,58, que representa um aumento de 2,28% em comparação ao mês de janeiro.
No mesmo período, entre janeiro e fevereiro de 2025, as maiores elevações ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Apesar de Recife e João Pessoa ter ficado com o primeiro e segundo maior percentual em aumento, a capital pernambucana ficou em quinto lugar com o valor médio de R$ 625,33. Já a capital paraibana ficou na terceira posição com o valor médio de R$ 634,41.
Os 12 itens que compõem a cesta básica, sete tiveram redução nos preços médios na capital potiguar durante os dois primeiros meses de 2025. Foram estes: leite integral UHT (-5,43%), óleo de soja (-3,78%), açúcar (-3,58%), feijão carioca (-3,38%), banana (-2,58%), arroz agulhinha (-1,65%) e manteiga (-0,46%).
Por outro lado, os maiores aumentos foram observados no tomate (22,12%), café em pó (16,36%), farinha de mandioca (1,07%), carne bovina de primeira (0,40%) e pão francês (0,14%).
No acumulado dos últimos 12 meses, sete produtos da cesta registraram alta: afé em pó (89,56%), tomate (43,59%), óleo de soja (27,95%), carne bovina de primeira (23,48%), leite integral UHT (11,40%), pão francês (2,79%) e açúcar (0,22%).
Já cinco produtos registraram as maiores quedas: feijão carioca (-23,48%), farinha de mandioca (-6,68%), arroz agulhinha (-5,67%), manteiga (-1,83%) e banana (-1,37%).
No comparativo com o mês de fevereiro de 2024, o preço da cesta básica subiu 11,96% em Natal, acumulando uma alta de 5,06% nos dois primeiros meses deste ano.
No entanto, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que é realizada mensalmente pelo Dieese, mostra que o custo da cesta básica em Natal foi o quinto menor entre as 17 capitais pesquisadas. De acordo com o Dieese, o custo médio subiu em 14 capitais brasileiras que são analisadas. Apenas três capitais apresentaram queda no custo da cesta: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).
A cesta básica mais cara do país no mês de fevereiro foi a de São Paulo, com custo médio de R$ 860,53. Em seguida, estão as cestas do Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Já nas regiões Norte e Nordeste do país, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
O Dieese ainda estimou que o salário-mínimo em fevereiro deveria ser de R$ 7.229,32, ou seja, 4,76 vezes maior do que o atual que é de R$ 1.518,00. O cálculo foi feito com base na cesta mais cara, que, no mês passado foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Confira os valores da cesta em fevereiro de 2025 (Capitais do Nordeste)
- Fortaleza R$ 710,66
- Natal R$ 648,58
- João Pessoa R$ 634,41
- Salvador R$ 628,80
- Recife R$ 625,33
- Aracaju R$ 580,45
Com informações do Dieese