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Acordo de precatórios ultrapassa R$ 300 milhões e beneficia quase 2 mil professores da UFRN

Assinado em Brasília, acordo entre ADURN-Sindicato e PGF encerra ação judicial que tramitava desde 1991 e beneficia 1.928 docentes da UFRN

Por Seridoense há 1 semana

Foto: Cícero Oliveira

O ADURN-Sindicato assinou, na última quinta-feira (3), em Brasília, um acordo histórico com a Procuradoria Geral Federal (PGF) que encerra a chamada “Ação dos Precatórios” e garante o pagamento de valores devidos a 1.928 professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O caso tramitava na Justiça do Trabalho desde 1991, e o montante total supera R$ 300 milhões.

A assinatura aconteceu na sede da PGF e representa o maior acordo já firmado pela instituição com uma categoria de servidores públicos federais. A ação trata de perdas salariais relacionadas aos planos econômicos Bresser e Verão, da década de 1980.

Condições do acordo

O termo assinado prevê um deságio de 40% sobre o valor atualizado da ação. Ainda assim, o valor a ser pago – superior a R$ 300 milhões – é maior do que o que seria obtido atualmente caso o processo seguisse seu curso normal no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso foi possível graças à aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Especial (IPCA-E), que substitui a Taxa Referencial (TR), anteriormente utilizada.

Cada docente poderá optar pela adesão ou não ao acordo. O pagamento está previsto para 2027. Aqueles que não aderirem continuarão vinculados ao processo judicial, ainda pendente de julgamento no TST. Os prazos para envio de documentos e assinatura do termo de adesão serão divulgados em breve.

Histórico da ação

Conhecida como “Ação dos Precatórios”, a causa foi movida em 1991 em nome dos professores da UFRN que estavam em atividade durante os planos Bresser e Verão. O processo é considerado o mais antigo em trâmite na Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte.

Nos anos 1990, chegou-se a expedir pagamento, que foi posteriormente anulado por questões processuais. O ADURN-Sindicato retomou o caso em 2009, e em 2013 o processo foi oficialmente desarquivado pelo escritório Munemassa Advogados. Desde então, passou por diversas instâncias, incluindo três idas ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região e quatro ao TST.

Segundo a advogada Andreia Munemassa, todas as decisões foram favoráveis à categoria. “Nunca tivemos uma derrota. Todas as decisões foram a favor dos professores”, destacou.

Alerta contra golpes

Diante da visibilidade do caso, o ADURN-Sindicato emitiu um alerta para tentativas de fraudes e golpes que podem envolver o nome da entidade ou do escritório jurídico responsável. O presidente Oswaldo Negrão reforçou que o sindicato não solicita nenhum tipo de pagamento antecipado sobre ações judiciais.

Mensagens recebidas via WhatsApp, SMS ou ligações que peçam transferências bancárias – especialmente via PIX – devem ser ignoradas. Em caso de dúvidas, os professores devem entrar em contato apenas pelos canais oficiais:

📞 (84) 3211-9236
📱 (84) 99119-6461 (WhatsApp)


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