Viação Jardinense

Esporte

Saudades

Há 31 anos, o Brasil perdia Ayrton Senna: ídolo das pistas e herói eterno do esporte nacional

Piloto bateu a mais de 200 km/h na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, há 31 anos.

Por Seridoense há 3 semanas

Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira, 1º de maio de 2025, completam-se 31 anos da morte de Ayrton Senna, um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. O tricampeão mundial de Fórmula 1 faleceu aos 34 anos durante o Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália, após sofrer um acidente fatal na curva Tamburello, a mais de 200 km/h.

O fim de semana daquela corrida foi um dos mais trágicos da história da Fórmula 1. Dois dias antes, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente nos treinos. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger morreu após bater forte durante a classificação. Ainda assim, o GP foi mantido, com consequências fatais no domingo.

Assim como os demais pilotos, Senna estava abalado diante dos acontecimentos na pista. Em entrevista a um podcast, o narrador Galvão Bueno, que acompanhava de perto a carreira do brasileiro, revelou uma história inédita: momentos antes da corrida, que o vitimou, Senna pediu ao seu empresário, Julian Jacobs, que providenciasse uma bandeira da Áustria. A intenção era prestar uma homenagem a Ratzenberger, caso vencesse a corrida. No entanto, a bandeira nunca foi exibida.

Alain Prost, seu maior rival nas pistas, prestou uma homenagem ao piloto nas redes sociais nesta quarta. O francês publicou uma foto dos dois juntos e escreveu: “31 anos sem Ayrton. Sua paixão e talento continuam inspirando gerações. Saudades, meu amigo.”

O Corinthians, clube do coração de Senna, também lembrou o ídolo. Em suas redes sociais, postou uma imagem do piloto vestindo a camisa alvinegra por baixo do macacão de corrida, com a legenda: “No peito do piloto frio e corajoso, batia um coração corinthiano.”

Senna conquistou três títulos mundiais (1988, 1990 e 1991), 41 vitórias e 65 pole positions. Fora das pistas, destacou-se por sua humildade, espírito patriótico e ações sociais — tornando-se um símbolo que ultrapassa o esporte.

Três décadas após sua morte, Ayrton Senna continua vivo na memória dos brasileiros e dos amantes do automobilismo em todo o mundo. Seu legado segue intocável — um herói que jamais será esquecido.

Acidente de Senna

Na sétima volta da corrida, Senna entrou na curva Tamburello e perdeu o controle da Williams devido à quebra da barra de direção, indo de encontro ao muro de concreto. A telemetria registrou que o piloto ainda tentou reduzir a velocidade de 300 km/h para 200 km/h. Ele foi socorrido na pista pelo neurocirurgião Sid Watkins e levado de helicóptero ao Hospital Maggiore, em Bolonha, onde foi oficialmente declarado morto poucas horas depois.

A cena do piloto sentado em sua Williams antes da largada, com o olhar distante, foi registrada pelas câmeras de televisão e ficou marcada para sempre entre os fãs. No Brasil, a confirmação da morte, feita ao vivo por telefone pelo jornalista Roberto Cabrini no “Plantão da Globo”, também entrou para a memória coletiva: “Morreu Ayrton Senna da Silva… Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar.”

O trágico GP de San Marino também foi marcado por outros incidentes: um pneu arremessado para a arquibancada feriu torcedores após um acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy. O italiano Michele Alboreto perdeu uma roda na saída dos boxes e atingiu mecânicos. Já o francês Erik Comas entrou na pista inadvertidamente durante a paralisação, aproximando-se do local do acidente de Senna — o mesmo Comas que, dois anos antes, havia sido salvo por Senna após um forte acidente na Bélgica.

Após a morte do brasileiro, a Fórmula 1 passou por uma revolução em segurança, com mudanças técnicas nos carros e melhorias nas pistas. O impacto da tragédia foi tão grande que o governo brasileiro decretou três dias de luto oficial e concedeu honras de chefe de Estado ao piloto. Aproximadamente dois milhões de pessoas acompanharam os cortejos e o velório em São Paulo. Senna foi sepultado no Cemitério do Morumbi no dia 5 de maio de 1994.

Na corrida seguinte, em Mônaco, a FIA deixou as duas primeiras posições do grid de largada vazias, com as bandeiras do Brasil e da Áustria pintadas no asfalto, em homenagem a Senna e Ratzenberger.


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Viação Jardinense
Viação Jardinense