
Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
]O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais uma vez o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para adiar as audiências de testemunhas no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A decisão foi tomada após os advogados de Bolsonaro alegarem dificuldades técnicas para acessar o volume de provas reunido pela Polícia Federal (PF), que teria disponibilizado nesta semana três links com cerca de 40 terabytes de dados. Segundo a defesa, a quantidade de material é demasiadamente grande e o tempo insuficiente para análise adequada antes do início das oitivas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As audiências com testemunhas do núcleo 1, grupo apontado como responsável por liderar o suposto plano golpista, estão marcadas para começar nesta segunda-feira (19).
Moraes, no entanto, foi categórico ao afirmar que a disponibilização recente do material não interfere na acusação já recebida pelo STF.
“A disponibilização desse material, entretanto, em nada alterou os fatos imputados na acusação, consubstanciada na denúncia oferecida pelo Ministério Público e o conjunto probatório em que foi baseada e que, em um primeiro momento, foram analisados pelo Poder Judiciário em sessão de recebimento da denúncia”, escreveu o ministro em seu despacho.
Essa é a segunda tentativa da defesa de Bolsonaro de adiar o início dos depoimentos. Na última terça-feira (13), os advogados já haviam afirmado que não tiveram acesso a todo o material reunido na investigação.
A ação penal contra o ex-presidente investiga a possível articulação de um golpe de Estado, envolvendo militares, ex-ministros e aliados, para tentar reverter o resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).