Foto: Reprodução/ Instagram: Pontifex
Em um dos discursos mais marcantes de seu recém-iniciado papado, o papa Leão XIV, primeiro pontífice norte-americano da história da Igreja Católica, reafirmou nesta quarta-feira (14) seu compromisso com a promoção da paz e declarou que o Vaticano está “sempre pronto” para servir como mediador em conflitos ao redor do mundo.
“A guerra nunca é inevitável. As armas podem e devem ser silenciadas, pois elas não resolvem os problemas, apenas os aumentam”, afirmou o papa, durante encontro com representantes das Igrejas Católicas Orientais. “Aqueles que fazem a história são as tropas de paz, não aqueles que plantam sementes de sofrimento.”
Leão XIV dirigiu-se especialmente às comunidades religiosas de países marcados por conflitos, como Ucrânia, Síria, Líbano e Iraque, destacando o papel da Santa Sé como promotora do diálogo. “Estamos sempre prontos para reunir os inimigos, cara a cara, para que os povos de todos os lugares possam mais uma vez encontrar esperança e recuperar a dignidade da paz.”
Desde sua eleição, na semana passada, o papa tem mantido o tema da paz no centro de seus pronunciamentos. Suas primeiras palavras como líder da Igreja, diante da multidão reunida na Praça de São Pedro, foram: “A paz esteja com todos vocês.”
No último domingo (11), ele apelou por uma “paz autêntica e duradoura” na Ucrânia, pediu um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo grupo Hamas, além de saudar o cessar-fogo entre Índia e Paquistão.
Na segunda-feira (12), Leão XIV realizou sua primeira conversa com um chefe de Estado: o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy. Segundo o governo ucraniano, o papa se colocou à disposição para facilitar negociações de paz durante sua missa de posse, marcada para o próximo domingo (18), quando é esperada a presença de diversos líderes mundiais. O presidente Zelenskiy, segundo sua assessoria, planeja estar no evento e realizar reuniões paralelas com outras autoridades internacionais.
Além dos apelos pela paz, o papa alertou contra a criação de narrativas simplistas que dividem o mundo em blocos de bem e mal. “Nossos vizinhos não são primeiramente nossos inimigos, mas companheiros seres humanos”, declarou.