
Foto: ADRIANO ABREU
As investigações que apuram a morte de Bárbara Kelly Araújo do Nascimento, de 34 anos, seguem em andamento e devem ser concluídas em menos de 30 dias, conforme informou o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), Herlânio Pereira Cruz. As primeiras testemunhas começaram a ser ouvidas já nesta segunda-feira (14), dois dias após o ocorrido.
Bárbara foi baleada no início da noite do último sábado (12), no bairro Passo da Pátria, zona Leste de Natal, e não resistiu aos ferimentos. Ela chegou a ser levada ao hospital por familiares, mas faleceu. A versão da polícia indica que a vítima foi atingida durante uma operação relacionada ao tráfico de drogas. No entanto, a família e moradores da comunidade contestam a narrativa e afirmam que não houve confronto, acusando os policiais de entrarem atirando.
Quatro policiais militares envolvidos na ação foram afastados das atividades operacionais e as armas utilizadas por eles já foram apreendidas para análise pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep/RN). Um Inquérito Policial Militar (IPM) também foi instaurado, mas a Polícia Civil reforça que atua de forma independente.
O caso gerou comoção e revolta entre os moradores, que realizaram dois protestos cobrando justiça — um na noite de domingo e outro nesta segunda-feira. Bárbara foi sepultada no Cemitério do Bom Pastor, na zona Oeste de Natal.
Durante coletiva de imprensa na manhã de segunda (14), a Secretaria de Segurança Pública do RN (Sesed) informou que a perícia no local do crime já foi realizada, e novas testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias. A Delegacia de Homicídios (DHPP) está à frente do inquérito, que também deverá ouvir os policiais envolvidos.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alarico Azevedo, explicou que o inquérito da corporação deve considerar informações da imprensa, dos laudos do Itep, relatórios de serviço e depoimentos, com previsão de conclusão no mesmo prazo de 30 dias.