Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
A prefeitura de Maxaranguape/RN anunciou nesta segunda-feira (5) que os cerca de 40 jacarés que vivem em uma lagoa formada pelas chuvas, na comunidade de Maracajaú, no litoral Norte do estado, não serão mais retirados do local. A decisão foi tomada após uma nova reunião com órgãos ambientais que atuam no Rio Grande do Norte.
O encontro resultou em um compromisso conjunto para garantir tanto a segurança da população quanto a preservação dos animais. Entre as principais medidas adotadas estão a instalação de uma cerca de madeira com tela ao redor do lago e a colocação de placas de orientação informando sobre a presença dos répteis.
Além disso, a prefeitura também promoverá uma campanha educativa direcionada à população local, com foco na conscientização sobre os riscos de alimentar os jacarés e a importância de respeitar o habitat natural dos animais. Segundo os órgãos ambientais, a superpopulação observada atualmente está ligada à oferta fácil de alimento — muitos moradores têm alimentado os animais, contribuindo para o desequilíbrio.
A situação tem gerado preocupação entre os moradores, principalmente porque o lago fica próximo a casas e a cerca de 500 metros de uma escola. Moradores relataram que, apesar de a presença dos jacarés não ser novidade, a quantidade atual é inédita e alguns já chegaram a invadir residências.
Inicialmente, no dia 23 de abril, havia sido anunciado que uma força-tarefa removeria os jacarés em até três semanas, mas a decisão foi revogada nesta semana. A nova abordagem prioriza ações educativas, preventivas e de fiscalização ambiental.
A prefeitura e os órgãos envolvidos informaram que as fiscalizações serão intensificadas e que pessoas flagradas alimentando os jacarés poderão ser autuadas, multadas e até presas, conforme as normas ambientais vigentes.