
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
O governo do Rio Grande do Sul declarou, no último sábado (17), situação de emergência em saúde animal para conter focos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) identificados no estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial e terá validade de 60 dias, abrangendo 12 municípios da região metropolitana de Porto Alegre.
A medida foi tomada após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar, na sexta-feira (16), dois focos da doença: um em uma granja avícola de reprodução em Montenegro e outro em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul.
A zona de emergência sanitária compreende os municípios de Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. O objetivo do decreto é agilizar a resposta e o controle dos focos, minimizando os riscos de propagação do vírus.
Como parte das ações emergenciais, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) realizou, no sábado, inspeções em 94 propriedades de subsistência localizadas no entorno dos focos. Desse total, 27 estão na área perifocal (raio de três quilômetros) e 67 na área de vigilância (até dez quilômetros), além de uma granja de recria de aves – a única propriedade comercial nessa zona.
Além das vistorias, o estado instalou cinco barreiras sanitárias com funcionamento ininterrupto: três dentro do raio de três quilômetros (incluindo uma de bloqueio total) e duas no raio de dez quilômetros. Essas barreiras têm como função monitorar e restringir o trânsito de aves, produtos e subprodutos, reduzindo o risco de disseminação do vírus.
A gripe aviária H5N1 é altamente contagiosa entre aves e pode causar sérios impactos à avicultura. Até o momento, não há registro de transmissão da doença a humanos no Brasil, mas autoridades reforçam a importância de evitar o contato direto com aves doentes ou mortas.