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Seridó enfrenta aumento preocupante de cachorros de rua

Com mais cachorros soltos nas ruas, cidades do Seridó registram aumento na busca por vacina e temor da população.

Por Seridoense há 7 horas

Foto: Reprodução/ Redes sociais

Moradores de várias cidades da região do Seridó têm convivido com um problema cada vez mais visível e preocupante: o número elevado de cachorros soltos nas ruas. O que antes era visto apenas como abandono agora representa risco direto para quem transita a pé, de bicicleta, de moto ou de carro.

Relatos de perseguições e tentativas de ataques têm se multiplicado. “Eu estava indo para o trabalho de moto quando um grupo de cachorros começou a correr atrás. Quase me desequilibrei”, conta João Marcos, morador de Caicó. Situações semelhantes têm ocorrido em municípios como Currais Novos, Parelhas e Jardim do Seridó, gerando medo e insegurança na população.

Em Jardim do Seridó, o problema teve um desfecho ainda mais preocupante. Na manhã de um domingo, por volta das 8h, uma mulher e uma criança caíram de uma motocicleta em frente ao Posto de Saúde, no centro da cidade, após serem perseguidas por cachorros. O susto chamou a atenção de quem passava pelo local e reforçou o perigo constante que esses animais têm representado nas vias públicas.

A preocupação é tanta que, nas últimas semanas, diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região têm registrado um aumento significativo na procura pela vacina antirrábica humana. A aplicação, no entanto, só é feita mediante prescrição médica, e depende da avaliação de cada caso. Quando o animal envolvido no ataque possui dono e está vacinado, ele é colocado sob observação por 10 dias. Caso não seja possível garantir essas condições — como no caso de cães de rua —, o paciente é geralmente encaminhado para o início do esquema vacinal como medida preventiva.

Além do risco de acidentes e da ameaça à saúde, a situação também escancara a falta de políticas públicas efetivas para o controle populacional de animais. Em algumas cidades, ainda não há programas ativos de castração, acolhimento ou incentivo à adoção. Com isso, os próprios animais seguem vulneráveis, sem acesso a cuidados básicos, alimentação e abrigo.

Moradores pedem providências urgentes das prefeituras e cobram ações conjuntas com os órgãos de saúde e proteção animal. “Não se trata apenas da nossa segurança. Estamos falando também de saúde pública e da responsabilidade com esses animais”, destaca Ana Lúcia, comerciante de Parelhas.


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